✷✷✷✷ PROGRAMA DOS ENCONTROS SEMANAIS ✷✷✷✷

✷ Gesto pula mundo [10 abril] 

Poéticas cujo gesto invade o espaço do cotidiano. O gesto da subversão: valorizar, além do corpo e da participação, preexistências e manifestações populares e coletivas, os viveres marginais em detrimento do espetacular. O gesto que é produto de verdadeiras vivências. O gesto desreprimido, o gesto erótico, o gestro matriz das singularidades e fonte originária, renovável, de prazer e de conexão social. 
A questão se coloca: Como estabelecer outra lógica ao inserir o espectador artista no presente da execução da obra?
Pra quem tem qualquer tipo de interesse no gesto de forma desinteressada, espontânea, do gesto que insinua dança, pintura, espacialização e que se revela em fruição sensorial total. 
 

✷ Gesto errante [17 abril]

Uma aula sobre poéticas do extravio e perambulação. Um gesto que dá valor à caminhada e à criação de intervalos poéticos no cotidiano.
Um gesto que entende a arte como uma intervenção que desenvolve seu impacto acima de tudo fora do museu.
Um gesto andarilho que molda o tempo. Um gesto que é uma declaração política e que chama a atenção para as condições das favelas, para a corrupção, para a poluição, para os focos de calor, enfim: para a dinâmica dos processos geopolíticos e as ramificações da globalização. 

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✷ Gesto adoecido [24 abril]

Uma aula que aborda o gesto que visa quebrar tabus, muitas vezes ilegais, e às vezes repelentes, que expressam uma insatisfação
violenta com o governo burguês tenso e a sociedade pós-guerra. Cura e dor? Ou cura ou dor?
 

✷ Gesto em corpo modificado [01 maio]

Poéticas que falam sobre dispositivos e próteses que contêm, restringem e/ou alongam os corpos de seus usuários. Gesto que buscam modificar para questionar as noções de identidade, gênero, intimidade e renascimento. Como explorar o equilíbrio entre corpo e espaço?

Um gesto que transforma o corpo em um ser inusitado e fantástico. Um gesto que combina materiais e mecânicas para abrir, sentir e espalhar esse corpo ainda mais e avançar. Um gesto que nos desloca para o teatro do subconsciente e do erotismo selvagem.

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✷ Gesto pela mão do feminismo [08 maio]

Uma aula sobre a prática artística feminista que confronta e subverte representações de gênero e identidade. Vamos tratar de poéticas que representam a ruptura com as regras e opiniões vigentes que são prescritas pela sociedade. Como aguçar as percepções e retratar as opressões e normas sócio-políticas e culturais-políticas por meio de processos artísticos?

Um gesto que é uma reivindicação de espaço. Um gesto que precipita o escândalo.
Um gesto que mina as convenções de representação dos corpos das mulheres de várias maneiras.
Um gesto que rejeita a experiência passiva do cinema e convida o público a se envolver ativamente no trabalho.
Um gesto que mobiliza um tempo presente – e um futuro.